SUCESSO INTELECTUAL DOS JUDEUS ASQUENAZES: Genética ou Cultura?

Alaor Chaves Written by:

3 Comments

  1. 26 de outubro de 2017
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    Then by folding in analysis of long identity-by-descent segments, the researchers found evidence of a recent Ashkenazi Jewish bottleneck some 25 generations to 32 generations ago and subsequent rapid expansion.(Carmi et al. 2014)
    The researchers then developed a model in which they suggest that the contemporary Ashkenazi Jewish population formed between 600 years to 800 years ago — around the time of the bottleneck that whittled the group down to some 250 individuals to 420 individuals — through the fusion of two ancestral populations.
    The ancestral European population contributed between 46 percent and 50 percent of the Ashkenazi Jewish gene pool, the researchers noted, and the ancestral Middle Eastern population the rest.
    The time of admixture was inferred based on multiple statistics, including ME segment lengths, the total EU ancestry per chromosome, and the correlation of ancestries along the chromosome. The major source of EU ancestry in AJ was found to be Southern Europe (approximate to 60-80% of EU ancestry), with the rest being likely Eastern European. The inferred admixture time was approximate to 30 generations ago, but multiple lines of evidence suggest that it represents an average over two or more events, pre-and post-dating the founder event experienced by AJ in late medieval times. The time of the pre-bottleneck admixture event, which was likely Southern European, was estimated to approximate to 25-50 generations ago.(Xue et al. 2017)
    Carmi S, et al. 2014. Sequencing an Ashkenazi reference panel supports population-targeted personal genomics and illuminates Jewish and European origins. 5: 4835.
    Xue J, Lencz T, Darvasi A, Pe’er I, Carmi S. 2017. The time and place of European admixture in Ashkenazi Jewish history. Plos Genetics 13(4).
    Da para ver, então que a mistura de genes do Oriente médio com linhagem da Europa aconteceu pelo menos duas vezes. A mais recente, provavelmente há uns 800 anos tem origem na Europa do Leste e a primeira provavelmente, relacionada com o Sul da Europa. Se isto tem, ou não a ver com o fato de que a prevalência de “inteligentes” se encontra nos judeus ashkenasis, e não nos outros tipos de judeus, então a “culpa” é da parte de semi- miscigenação com o fluxo de gens europeus.
    A parte do “nurture” tem tudo a ver com alguns componentes culturais e menos com os religiosos. Uma pressão seletiva forte, em especial após a expulsão dos judeus da península ibérica, foi a ênfase na educação. Durante centenas de anos os judeus cultos ( ou estudiosos) eram os mais valorizados em casamentos arranjados. Essa vantagem evolutiva pode ter gerado uma pressão seletiva forte. Uma parte importante da migração judaica, depois do século XV, foi para a Europa Oriental onde a maioria vivia em aldeias pequenas e pobres. Esta situação se estende por vários séculos, com a mesma pressão seletiva.
    Já escrevi bastante sobre isso, as referências são bem mais claras.
    A tua finalização, que transcrevo, tem afirmações com as quais não posso concordar:
    “No atual ambiente universitário, um estudante judeu acaba recebendo maior atenção de professores judeus. Na pós-graduação, raramente um estudante judeu opta por um orientador não judeu, e tem grande chance de ser aceito como orientado. Com isso, a excelência intelectual judaica tende a crescer. As inúmeras árvores genealógicas de cientistas notáveis que formam outros futuros notáveis demonstram claramente esse fenômeno.”

    Não sei a que árvore genealógica você está se referindo. No Brasil muito recentemente estamos construindo árvores genealógicas que permitem traçar caminhos de formação de escolas. http://www.scielo.br/pdf/mioc/v111n1/0074-0276-mioc-111-1-0067.pdf. É claro alguns dos pioneiros são judeus. Não estou nem um pouco convencido que você baseie esta informação em dados da América Latina, pois estou consciente que eles não existem. Sem particularizar gostaria de entender a(s) fonte(s) primárias de onde as conclusões que sublinho foram obtidas.

    E viva o diálogo acadêmico, eu claramente estou com saudade disso
    Um abraço do
    Hernan

    • Alaor Chaves
      26 de outubro de 2017
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      Salve Hernan. A árvore genealógica mais notável que conheço é a que liga os descobridores da condensação de Bose-Eintein, em 1994, o que lhes rendeu o prêmio Nobel a Arnold Sommerfeld (anos 1920), considerado o maior formador de cientistas que a física já teve. A árvore envolve vários ganhadores do Nobel, a maioria deles judeus. Sommerfeld não era judeu, mas formou muitos alunos judeus que ganharam o Nobel e foi muito questionado pelos nazistas. Você certamente sabe que uma fração muito grande nos laureados com o Nobel foi formada por outros laureados.
      Quanto ao genoma dos judeus, acho a questão muito complicada, os estudiosos nunca chegam a um acordo sobre o assunto, mas você sabe mais do que eu sobre o assunto.
      Como Richard Lynn é um racista notório, nunca li seu livro sobre a origem genética do alto desempenho dos judeus. Dado o seu passado, sempre penso que ele já tem a tese pronta antes de realizar as suas pesquisas, muitas das quais são apontadas como fraudulentas.
      Grande abraço
      Alaor

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